Cadastros de pessoas físicas e jurídicas tiveram aumento em relação ao ano de 2019, um dos principais motivos é a busca por crédito, em função da pandemia.
O número de empresas turísticas cadastradas no sistema de pessoas físicas e jurídicas que atuam no setor (Cadastur) no Paraná teve um aumento de 11% de 2019 para 2020. Um dos principais motivos é a busca por crédito, principalmente em função da pandemia.
O Estado apresentou no ano passado 6.965 cadastros, quase 700 a mais em relação ao ano anterior. Em comparação com os outros estados da Federação, o Paraná ocupa a quinta posição com mais cadastros regulares no Cadastur, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
A região turística paranaense que apresentou a maior evolução no número de cadastros foi o Litoral do Paraná, que apresentou um aumento de 104%, passando de 207 cadastros em 2019 para 422 em 2020. Em seguida aparece a região dos Campos Gerais, que passou de 313 para 385 cadastros, um aumento de 23%.
As regiões que têm mais pessoas físicas e jurídicas cadastradas são Rotas do Pinhão (Curitiba e região) e Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu, com 2.439 e 1.578 cadastros em 2020, respectivamente.
Com relação às atividades turísticas, a que teve o maior número de cadastros regulares foi a de guias de turismo, com 1.795 no ano de 2020, sendo 951 somente na região Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu; seguida pelas agências de turismo, com 1.712, 861 delas na Rotas do Pinhão; e pelas transportadoras turísticas, com 1.180. Os dados foram levantados pela Paraná Turismo, autarquia vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Turismo.
LINHAS DE CRÉDITO – De acordo com Isabella Tioqueta, diretora técnica da Paraná Turismo, os números representam uma preocupação das empresas de turismo em estarem regularizados perante o cadastro nacional. Também mostram que o Paraná vem trabalhando justamente esse viés de legalidade. “Tivemos no ano passado uma maior busca pelo Cadastur, vinculando isso à possibilidade de linhas de crédito devido à situação que estávamos vivendo por conta da pandemia”, destacou.
Atualmente são várias as possibilidades de linhas de crédito e de empréstimos via Fundo Geral do Turismo (Fungetur) que exigem que as empresas estejam devidamente registradas no Cadastur. E o surgimento da pandemia foi o maior motivador para que houvesse o aumento no número de cadastros, justamente porque o setor do turismo foi um dos mais afetados desde o início.
Outras iniciativas exigem o registro das empresas no Cadastur, como a participação no programa Paraná Pay e outras ações do Projeto de Retomada do Turismo.
NOVAS POLÍTICAS – O cadastro também é fundamental para subsidiar a criação de novas políticas públicas, bem como permite monitorar os projetos em desenvolvimento e os avanços da atividade turística do Estado. “Isso é muito importante para que tenhamos dados estatísticos que comprovem o crescimento do turismo no Paraná e para que possamos entender de fato que o turismo é um gerador de renda e desenvolvimento econômico e quanto podemos avançar cada vez mais dentro desse setor”, completou Isabella.
Selo de Turismo Responsável
O Paraná é o quinto que mais teve emissões do Selo de Turismo Responsável no período entre junho e dezembro de 2020. O Estado apresentou 5,5% de todas as emissões do País nesse recorte de tempo, sendo 1.460 selos no total. As regiões que mais tiveram selos emitidos foram a Rotas do Pinhão (38,8%), Litoral do Paraná (19%) e Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu (12,5%).
Com relação aos municípios, em números absolutos, Curitiba teve 417 emissões, seguida por Foz do Iguaçu, com 167, e Paranaguá, com 142. Na sequência estão Maringá, Morretes, Ponta Grossa, Londrina, Cascavel, Pontal do Paraná e Colombo.
Já no recorte das atividades turísticas, a que mais emitiu selos foram as agências de turismo (23%), transportadoras turísticas (20,1%), meios de hospedagem (18,9%) e guias de turismo (18,7%).
De acordo com o presidente da Paraná Turismo, João Jacob Mehl, esses números são o reflexo da busca por maior segurança por parte dos turistas. “A pandemia fez uma transformação no formato de se enxergar o turismo, o comerciante, os hotéis. Aqueles que estão preparados estão buscando o Selo para dar essa efetiva segurança ao turista para que ele possa frequentar os estabelecimentos sem nenhuma preocupação”, completou.
Os dados completos do levantamento podem ser acessados AQUI.
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