Luiz Augusto Costa, Jornalista e repórter fotográfico há muitos anos, é apaixonado por motos desde criança. Durante muito tempo, ele curtiu andar de Harley Davidson. Mas para essa aventura foi com uma BMW GS 1200, com capacidade de tanque de 20 litros.
O planejamento começou quando da volta da galera parceira de rolê em sua última viagem ao Uruguai, há um ano atrás.
“Seguimos em seis motos rumo ao Atacama. Saímos no dia 21 de Setembro de 2019 de Curitiba e entramos na Argentina por Barracão em Dionísio Cerqueira”, contou o fotógrafo no ritmo e seu espírito aventureiro. “Dormimos em Posadas na Argentina. Depois Salta, Salta – Tilcara, onde pernoitamos, Tilcara – San Pedro de Atacama. A estrada corta uma região de formações rochosas e vulcânicas impressionantes nas cordilheiras, que nos levou às alturas (4.170 de) de Jujuy. Lugares de espetáculo à parte, como Salinas Grande com seu horizonte de sal, onde fizemos várias fotos”, relembrou.
Passeios inesquecíveis
Em San Pedro de Atacama, os colegas de viagem aproveitaram os passeios pelo Valle de la Luna ao custo aproximado de 35 dólares em uma van que saiu do hotel.
“À noite no Atacama, o céu no deserto é algo deslumbrante. É um dos lugares mais secos do mundo, um fato que limpa a atmosfera e permite observar um mar de estrelas no céu”, relatou Luiz Costa.
Famosa Rota 01
A turma partiu então rumo ao Pacífico. “Pegamos a famosa Rota 01 beirando o litoral para a cidade chilena de Iquique, maior zona franca da América do Sul”, recordou.
Imensa Aventura
Toda a expedição de ida e volta somou cerca de 6.500 km, mantendo o abastecimento a cada 200 km.
Luiz Costa deixou uma dica para aqueles que sonham com esta façanha.
“Todos os postos de gasolina na Argentina têm WIFI e alguns só recebem em moeda local (pesos). É providencial ter sempre dinheiro vivo no bolso, além dos cartões de crédito”. E por fim, ele deu mais uma sugestão que só sabe quem esteve lá no fantástico Atacama. “Ah, não posso deixar de lembrar os futuros aventureiros que as vezes tem posto que não tem gasolina por falta de reabastecimento. Por isso é aconselhável levar sempre um galão reserva”.
A turma de Luiz Costa só enfrentou um trecho muito ruim na viagem toda. Foi na região de Monte Queimado. “Uns 40km bem difíceis para andar. Mas no geral as estradas são todas muito boas. A viagem vale muito a pena, seja de avião, carro ou no espírito aventureiro de moto. A gastronomia é farta, vinhos maravilhosos e bons hotéis”, testemunhou o nosso personagem do caminho de Atacama, que nos brinda agora com fotos espetaculares que ilustram este passeio em duas rodas repleto de emoções e pura adrenalina.
Custos e curiosidades
Luiz Costa informou que gastou 1600 dólares nos 12 dias de viagem. Foram três dias de ida e três dia de volta e cerca de 1.000 km rodados por dia.
“Por motivos atípicos – comentou Luiz – não pegamos baixíssimas temperaturas nas cordilheiras. Já no deserto, de dia era muito calor, tipo 40 graus. Á noite, frio de 10 graus”.
Os custos da aventura
A cada 200 km, a turma abastecia as motos. “Enchíamos sempre os tanques. Foi uma média de 5 tanques ao custo aproximado de 300 reais por dia”, lembrou Luiz Costa.
A bagagem estava bem pesada. 40 quilos entre equipamentos fotográficos e roupas. Ele destacou um detalhe curioso da viagem. “Saímos de Curitiba abaixo de muita chuva até Guarapuava. Depois só tivemos o sol como companhia, tanto na Argentina como no Chile.
Galera do rolê
Estes foram os integrantes da caravana que desbravou o Atacama e nos brindou com fotos lindas e o relato de uma grande aventura: Gabriel Cavassin, Paulo Eduardo, Rafael Mattos, Jorge Machado, Alexandre Benatto e Luiz Costa (Morgan, segundo a turma).
Colaboração de textos e fotos de Luiz Augusto Costa. Luiz Augusto Costa é fotógrafo profissional.
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